sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Ciclo

Não costumo abrir o meu coração. Não sou capaz de confiar instantaneamente numa pessoa. Mas tu mudas-te isso tudo. Transmites-me um sentimento de segurança tal que sinto que posso confiar em ti. Fazes-me rir nos piores momentos. Fazes-me sentir calma nos meus momentos mais excêntricos. E só precisas de me olhar nos olhos, de sorrir ou de dizer um olá. És diferente. Já não te acho mais um "Ricardo". O "Ricardo" é frio, é infantil. Tu não. Sabes perfeitamente como me fazer sentir bem. Mas acho que tu nem reparas em mim. Para ti sou mais uma pessoa. Não me parece que me faças sentir bem de propósito. Não percebo isto. Tu tens um poder em mim. É tudo tão irreal. Tudo tão impossível.
Sei que isto não vai ter um final feliz. Sei que me vou desiludir, sei que me vou magoar. Mas eu não posso fazer nada. Não posso parar isto, é mais forte do que eu.
Talvez tu saibas disto tudo, ou talvez não. Acho impossível que isto me esteja a acontecer outra vez. E o mais inacreditável é que eu sinto-me tão ou mais perdida. Não sei o que fazer. Tu abalas o meu mundo, ultrapassas o esperado. Nunca sei o que vais fazer a seguir. Talvez seja isso. Tu és uma aventura. És um facto fascinante. Surpreendes-me a cada dia. Quer pela positiva, quer pela negativa. Não te consigo interpretar.
Isto tem de parar. Vai piorar e já é mau que chegue.
Eu quero-me fazer acreditar que te odeio. Tornava as coisas mais simples. Mas não é assim. Eu sei que és bem mais importante.
O que me está a acontecer? Sinto-me a cair, a afundar-me. A cada dia sinto-te a apoderares-te de mim. Sinto-te a roubares mais uma parte de mim. Eu não precisava disto! Aliás era a última coisa de que eu precisava. Porque? Porque tem tudo de ser assim? Oh, estou farta destes "porque's" na minha vida. Estou rodeada deles!
Mas este sentimento que tu me provocas é tão tentador. Fazes-me sentir tão calma, exactamente como eu precisava.
Já vivi isto tudo e sei que me libertei daquela situação porque te conheci.
Boa, um ciclo. Era mesmo disto que eu precisava...

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Que tarde :D

Estive o fim-de-semana deprimida. Completamente e absolutamente deprimida. Só me apetecia ficar no meu cantinho e adormecer, fingir que não existia tempo e que na verdade, eu não existia. Ele não existia, nada existia. Sentia-me vazia, neutra. Como uma nuvem... Sim! Uma nuvem, a deixar-me levar pelo vento sem o menor sentido de orientação. Olhem sentia-me um nada. Um ser que respirava para viver. Deprimi-me. E até que me ajudou. Foi da maneira que caí na real. Andava-me a iludir.
Este fim-de-semana, chorei. Chorei como uma criança a quem tiraram o brinquedo. Ao ouvir a porta de casa a fechar-se, sabia que estava sozinha, desabou. O meu mundo desabou. Sentia-me absolutamente e ridiculamente sozinha. Não me apetecia estar no computador, não me apetecia ver televisão, diria mesmo que não me apetecia respirar. Só queria chorar, julgo mesmo que rasguei umas quantas almofadas... O ódio... Oh, o ódio. Eu odeio-o. Estou apaixonada pelo maior idiota do mundo. Não o quero mas estou. Porquê? Na verdade, parece-me praticamente impossível apaixonar-me por um rapaz que não seja idiota. Suponho que seja o meu destino. Que raio de destino!
Mas continuemos... este fim-de-semana estive deprimida, várias pessoas me tentaram levantar a moral, o máximo que conseguiram foi um leve esboço de um rasto de um sorriso. Só o tal maior idiota do mundo me conseguiu roubar um sorriso, só por dizer um simples olá. Oh meu Deus, eu sou deprimente. A minha vida é tão deprimente.
Numa tentativa de melhorar o meu animado humor fui sair hoje, prometi-me que não iria ter um ataque de depressão instantânea. As pessoas não tem culpa da minha estupidez. Não devo ter sido grande companhia. Mas ri-me! Diverti-me hoje. Esqueci os desgostos que o maior idiota do mundo me deu, e diverti-me. Já não me lembrava de me rir tão puramente durante um longo período de tempo. Sem duvida, por mais patetas que sejam os meus amigos, por mais "inúteis", ou até mesmo "tarados", eles fazem-me rir. São uma óptima companhia, até mesmo as partidas deles são cómicas. O Slim, é o mais tarado de todos, sai-se sempre com umas expressões genialissimas que de facto animam o serão. O Nuno, é o coitado do grupo, tem umas entradas a meio das conversas que espantam qualquer um. O Nascido é a imponente figura , é o que me faz rir até não poder mais, às custas da desgraça dos outros. E depois a Sara, que me levantou a moral nos meus breves momentos de depressão. Ouviu-me incondicionalmente. Coitada! Peço-lhe desculpa pelos meus ataques de raiva instantâneos. És mesmo uma rapariga espectacular meu bem :D
Sou uma sortuda por ter amigos como vocês, gente.
Foi um bom dia, esperemos que não volte para os meus momentos altamente depressivos.
Esta casa já transpira loucura.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Melhor amigaa :$

E se eu te disser que te tornas-te essencial? Acreditarias?
Nem sei como começar por falar de ti, mas sei que tenho necessidade de o fazer. Quero demonstrar-te o quão importante tu és. Mas tu és complicada de definir, transpareces uma imagem mas na realidade és outra. Eu tenho a sorte de a conhecer. Talvez melhor que muita gente que diz que te compreende. Sei o que sentes. Não o sei explicar. Mas sei o que sentes. Percebo todas as tuas acções, todas as origens destas. Talvez conheço-te demasiado. Sei demasiado de ti, e tu de mim. Para mim, tu não precisas de acabar as frases, basta um sorriso teu e eu sei o que sentes. Porque, Cátia, tu tens milhares de sorrisos. Cada um com um sentimento por trás. Raras são as pessoas que os conhecem quase todos. Nem eu os conheço a todos. Tu és especial. Muito especial.
Apesar de toda essa tua insegurança, que te caracteriza, tu sabes quando me tens de mostrar um dos teus sorrisos. O teu sorriso mais confiante. Eu sei que muita da força que arranjo é devido a ti. É para ti que olho quando não quero que as lágrimas corram na minha cara. É para ti que eu olho quando tenho montes de "Porquê's". É para ti que eu olho para me tentar perceber. É para ti que eu olho quando preciso de desabafar. E é por ti que eu olho, é por ti que eu cuido.
Se tu soubesses tudo aquilo que significa quando eu digo " Melhor Amiga". Na verdade, eu acho que tu sabes um pouco do que significa. Sinto-o pela maneira que me abraças, pela maneira que falas, pela maneira que me olhas.
Sei que me sinto segura contigo, sei que sou capaz de te contar praticamente tudo, sei que és essencial.
Os nossos momentos são únicos, o nosso odeio, as nossas debilidades, os nossos síndromes. É tudo contigo. E quando depois do fim-de-semana anseio pela segunda porque se passou alguma coisa que abalou o meu mundo, aí eu só quero estar contigo, quero que me dês um daqueles abraços que fazem tudo parecer simples.
Porque, Cátia, este ano tu mudas-te, tornaste-te uma miúda completamente única. Não me vou repetir, e dizer todas as tuas qualidades. Eu digo-as todos os dias. Quanto aos teus defeitos, são igualmente importantes. Tornam-te a pessoa que és. Mas esses ficam entre nós.
Tu sabes que eu faço praticamente tudo por ti, eu só quero o teu bem. Tu sabes disso, os outros acreditam se quiserem. Tu conheces-me melhor que ninguém, sabes quais são os meus dias bons. E sabes do que eu preciso só pelo meu olhar. Adivinhas sempre de quem gosto antes de eu o admitir. Tu fazes-me acreditar. Fazes-me ser optimista. Fazes-me ser o que preciso.
És a minha melhor amiga, que mais posso eu dizer?

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Sentimento

Este sufoco, esta raiva, este sentimento. Destroi-me.
Tu abalas o meu mundo. Estava tão bem, a viver a vida, a sorrir, a sentir-me bem. Depois de uma desilusão, jurei não repetir. Mas tu evidenciaste-te. Porquê? Não estavas bem nesse teu cantinho? Eu estava bem, sentia-me segura de mim. Mudas-te tudo. Não há um segundo em que eu não pense em ti. Tudo me lembra de ti. Demasiadas coincidências... ou simplesmente tortura.
És, ao mesmo tempo, o oposto e o igual a mim. Fazes-me sentir calma nos meus momentos de excentricidade . Fazes-me sentir bem quando eu estou mal. E eu sinto-me bem contigo.
Mas eu não quero que sejas mais um "Ricardo" na minha vida.
Tu mudaste-me, e eu não posso voltar atrás. É o impossível.
"O que será que ele queria dizer com aquilo?"

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Confusaaa

Alguém me explica o que é que eu senti hoje? Que confusão de sentimentos foi aquela? Que falta de concentração é que aconteceu? Eu nem sei explicar nada.
Apetecia-me chorar e rir ao mesmo tempo. Apetecia-me ficar no meu cantinho e desatar a correr. Que mistura, que confusão.
Eu não sei o que foi aquilo, mas não quero repetir. Não quero cair, não quero passar por tudo outra vez, não quero voltar a ter aquela imagem que eu tive.
Só vou ter mais ilusões, vou ter mais esperanças. E eu sei que vou cair, sei que me vou magoar. Na verdade, já deveria estar habituada. Tem sido uma constante na minha vida.
Mas há demasiadas coincidências, demasiadas parecenças. Como é que é suposto eu conseguir gerir tudo isto? Como é que é suposto eu lutar pelos meus objectivos se não me consigo concentrar? É demasiado. É tudo ao mesmo tempo. E eu acho que estou a chegar ao limite da minha força. Sinto-o.
A cada problema eu sinto-me fraca, e só quero o meu espaço. Suponho que seja sinal de que estou sem forças... também que mais é que pode ser?
Oh eu não sei! Não sei nada, mesmo nada.
Estou farta destes joguinhos que as pessoas fazem.
Tudo podia ser bem mais simples, mas nunca é. Era fácil demais não é?
Acho que não estou com disposição para nada... hoje foi, definitivamente, um dia "NÃO".
Odeio o mundo, Odeio-o a ele.

Vanessa Gouveia

Bem, falar da minha ... ela não sabe, mas eu amo-a. Tornou-se simplesmente essencial.
Lembro-me de a achar mais uma miúda com a mania que é rufia, mas tudo mudou. A Vanessa mudou, mostrou o seu melhor lado, as suas melhores qualidades.
Não me esqueço de te ver com as lagrimazitas nos olhos quando li o meu texto, o doloroso texto... Fazeres aquilo (apesar de continuar a não te perdoar, não te admito que chores por mim), provou que realmente te preocupas comigo, que és uma verdadeira amiga. Aquela tua preocupação, todos os teus sorrisos, todas as tuas palavras, são mesmo essenciais.
Quando digo que te amo, é porque realmente te amo, é verdadeiro, ... é puro. Tornaste-te importante, incrivelmente importante, até mesmo essencial!
Nunca duvides do quanto adorável e amorosa consegues ser. És uma rapariga espectacular, mereces TUDO! Mereces o melhor do mundo.
Tens sido uma querida, tens estado lá. Oh, e as aulas ao teu lado? São do melhor. Fazes-me rir a todo o segundo. Defendes-me e ajudas-me. E quando me pedes para te ajudar porque tens a certeza que a professora te vai chamar? Ajudo-te de bom grado, desejo-te o melhor , o melhor. Adoro quando discutimos, quando eu te digo "Tens sorte que eu não te quero magoar, senão...", e tu partes-te a rir. Adoro quando me chateias incrivelmente com os teus pés na minha cadeira (apesar de não dever dizer isto, vais continuar mas enfim...). Adoro-te.
E adoro cada momentinho que passo contigo, torna-los incríveis, únicos, puros. Aliás tu és pura. Tudo o que dizes é puro. E isso faz-te ser única, faz-me amar-te.

Obrigada, Bá. Por me fazeres mais forte, por fazeres os meus dias terem sentido, terem alegria. Obrigada por fazeres parte deles, não sou nada sem melhores amigos como tu.

Por isso, Vanessa Gouveia, nunca mas nunca, mudes de lugar. Quer na sala e quer na minha vida. Marcaste-a demasiado, e eu estou dependente de ti. :D

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Life, life, life.

Às vezes, no silêncio do meu quarto, a ler o meu livro, vem-me ao pensamento de como estes dois anos me mudaram. Foi todo um seguimento de coisas, em que nem sequer tive tempo para pensar o que iria fazer a seguir. Simplesmente ia fazendo. Acordava num dia para resolver um problema e pensar qual seria o do próximo dia. Sinceramente acho que estou farta. Quer dizer... não posso dizer que a minha vida é um inferno, que é péssima... porque não é! Eu gosto da minha vida, tenho uns bons amigos, tenho uma boa família. E há pessoas bem piores do que eu. Só acho que é demais. Só acho que não me compreendem! Passo a vida a ouvir criticas em casa... raro é o dia em que chego a casa e me dizem com um sorriso: Olá!. Geralmente saltamos essa parte, e passamos logo para as discussões! Oh, as discussões... já são uma rotina.
Estou farta que a minha família me acuse de não gostar dela, só porque, por vezes, preciso do meu espaço, deste meu silêncio. Estou farta de ter de suplicar por um elogio. Estou farta de chorar horas a fio. Estou farta de não poder ser sincera. Porque se o fosse, achariam-me louca. Não posso falar sobre o que realmente me apetece, não posso dizer o que acho realmente, não posso desmanchar-me em lágrimas quando me apetece. Estou realmente farta de ser forte. Agora, quase dois anos depois, ainda me apetece chorar. Ainda me apetece suplicar para que não seja verdade. Ainda me apetece ouvir gravações, para recordar a sua voz. Ainda me apetece tudo. Mas com uma agravante, agora apetece-me tudo... mas com mais saudade.
Oh... o que eu dava para me sentir verdadeiramente segura, outra vez. O que eu dava para olhar nos seus olhos e abraça-lo, com toda a minha força.
Mas eu não posso voltar para trás, não posso pedir o impossível. Sinto-me uma verdadeira estúpida por não ter sido suficientemente boa filha, pelo menos não a que queria ser. Mas eu amo-o. Acho que ele sabe, tenho que acreditar que sim.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Uma página da infância

Numa viagem à minha memória em busca da palavra infância, a lembrança que assume o papel principal é a mais simples e ao mesmo tempo a mais tocante de todas. Lembrança essa que é reforçada pelas saudades, saudades de todos os sentimentos e de toda a segurança que sentira. Agora, relembrando-a, parece que tudo aquilo se passou ontem, está tudo tão vivo. Os sentimentos, os cheiros, os sons, tudo. Tentar falar daquele dia, é talvez uma das coisas mais difíceis, a impossibilidade de o repetir está demasiado presente.

Era domingo, o cair da chuva ouvia-se distante, a lareira e a chávena de leite quente tornara aquele lugar o mais acolhedor possível. Teria os meus sete anos, os meus pais tinham folga, o que fazia a família estar reunida numa sala que agora se tornara pequena.
Ao olhar para o meu pai, via o seu sorriso, o seu olhar emocionado, sentira-me segura, desatara a correr na sua direcção, como eu adorava brincar com ele, abraçar-me a ele, e ouvi-lo a resmungar.Quando ele me fazia cócegas, ria-me com a mais pura vontade. E os lanches maravilhosos, com tudo o que adorava, feitos pela minha mãe. A sua expressão calma fazia com que o tempo parasse, e entre as brincadeiras com a minha irmã, as correrias e as danças pela casa, começava a escurecer. Não me dara conta de cada segundo que havia passado, aquelas brincadeiras haviam preenchido o meu dia, e dado-lhe a cor e a alegria que lhe pertencia.
A simplicidade de cada riso tornara aqueles momentos únicos e toda aquela alegria que me envolvia fazia-me sentir verdadeiramente feliz. As saudades que sinto de todos aqueles sentimentos são imensas, gostava de me sentir segura outra vez, de me sentir criança, onde tudo era simples e bem mais bonito.
Agora, sei que tive uma infância especial, única e fantástica. Tive tudo o que precisei, tive quem precisei. Momentos, sorrisos, olhares, abraços, corridas, brincadeiras e todos aquelas pequenas grandes coisas que fazem o sorriso de uma criança parecer bem mais puro.