Já tinha saudades de momentos com as minhas miúdas!
Organizei uma festa de Halloween, e foi altamente.
Para começar, angariamos dinheiro para as bebidas, e desde já agradeço aos rapazes tão generosos :) E finalmente, depois de uma semana em ansiedade, a sexta feira chegou!
A Coqas foi a primeira a chegar, ajudou-me a arrumar as coisas, conversamos e outras coisas que as miúdas fazem... Depois começou a chegar mais pessoas... para ocupar o tempo jogamos ao limbo, dançamos o créu, entre outras danças, inclusive fizemos um espectáculo para os meus vizinhos, que com certeza deliraram!
Depois de jantar, começamos a tirar fotos, como não podia deixar de ser... e quando, finalmente, estávamos todas, atacámos às bebidas! Confesso que fiquei um bocadinho afectada, a verdade é que não estou habituada ao álcool e nem sequer costumo gostar, mas era uma noite de festa e eu estava em minha casa... se caísse para o lado, não ia ser grande problema. A Fii' também ficou bastante alegre, aliás a nossa alegria originou vídeos muito hilariantes. Mais lá para a noite, quando já estávamos mais cansadas, deitámo-nos a conversar e fizemos um juramento, de modo que não posso contar muito sobre essa parte... mas, muito resumidamente, falamos sobre os mais variados assuntos e envergonhamo-nos perante todas! Lá para as cinco da manhã algumas raparigas começaram a mostrar sinais de sono. Ora bem, eramos oito raparigas e só três queriam dormir... portanto foi bastante complicado, aliás impossível fazer silêncio. A moo, a Sandra e eu não tínhamos sono e queríamos ver o amanhecer, por isso mantivemo-nos acordadas, e às seis saímos lá para fora deixando as restantes a dormir. O amanhecer, bem... foi uma desilusão, foi dos mais fraquinhos que já vi! E por isso, para nos entretermos fizemos o pequeno-almoço, tiramos algumas fotografias às raparigas que estavam a dormir e tentamos fazê-las falar, sem êxito --'
Durante a manhã, todas foram embora, três das nove iniciais fizeram directa, o resto deve ter dormido três horas, no máximo. Vimos Tv, deitámo-nos tipo lata de sardinhas, gozámos com as que estavam a dormir, tudo isto para passar o tempo até que os pais e irmãos as viessem buscar.
Foi uma excelente noite, divertimo-nos imenso. Dançámos, bebemos, rimos e conversamos.
São estes momentos que eu quero guardar para sempre.
Muito Obrigada, minhas miúdas pela fantástica noite que me proporcionaram.
Vocês são fantásticas e eu adoro-vos :)
terça-feira, 3 de novembro de 2009
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
Algarve
Foram 11 dias, 11 dias fantásticos. 11 dias passados com a melhor amiga do mundo, convivendo com ela, partilhando todas as mudanças de humor e segredinhos do quotidiano.
Em Portimão fomos as rainhas, aquelas a quem as outras raparigas lançavam macumbas :b Passávamos horas enterradas nos puf's a conversar, horas a discutir em inglês. E aquele homem assustador? Nunca hei-de esquecer as expressões que ele fazia !
Em Lagos, fixamos um rapazito que se mostrou uma desilusão... era definitivamente tudo aquilo que nós odiamos, gozávamos com aquelas raparigas que se comportavam de uma maneira tão lamentável e as russas que depois eram suecas e viviam felizes num quarto que mais parecia uma pocilga!
Na última noite, chegou o grupo de rapazes mais simpáticos que alguma vez conheci. Por incrível que pareça, o meu síndrome de perseguição não entrou em alerta. Eram mesmo divertidos. Passamos uma hora a conversar sobre temas bastante sérios de uma maneira tão simples. Foi fantástico!
Recebi boas noticias neste tempinho lá, é fantástico como Lagos atrai boas coisas :D
E eu já tenho saudades do Algarve, do calor, dos dias, dos pequenos almoços, dos risos, das noites, das suecas desarrumadas, dos olhares comprometedores e das conversas de horas. Tenho saudades do quotidiano com a melhor amiga e partilhar com ela TUDO!
Ela tem um feitio complicado, agora sei-o mais que nunca, mas estas férias só serviram para aprender a lidar melhor com ela e fizeram-me adorá-la ainda mais.
O Algarve tem poderes mágicos, em toooodos os sentidos :b
Em Portimão fomos as rainhas, aquelas a quem as outras raparigas lançavam macumbas :b Passávamos horas enterradas nos puf's a conversar, horas a discutir em inglês. E aquele homem assustador? Nunca hei-de esquecer as expressões que ele fazia !
Em Lagos, fixamos um rapazito que se mostrou uma desilusão... era definitivamente tudo aquilo que nós odiamos, gozávamos com aquelas raparigas que se comportavam de uma maneira tão lamentável e as russas que depois eram suecas e viviam felizes num quarto que mais parecia uma pocilga!
Na última noite, chegou o grupo de rapazes mais simpáticos que alguma vez conheci. Por incrível que pareça, o meu síndrome de perseguição não entrou em alerta. Eram mesmo divertidos. Passamos uma hora a conversar sobre temas bastante sérios de uma maneira tão simples. Foi fantástico!
Recebi boas noticias neste tempinho lá, é fantástico como Lagos atrai boas coisas :D
E eu já tenho saudades do Algarve, do calor, dos dias, dos pequenos almoços, dos risos, das noites, das suecas desarrumadas, dos olhares comprometedores e das conversas de horas. Tenho saudades do quotidiano com a melhor amiga e partilhar com ela TUDO!
Ela tem um feitio complicado, agora sei-o mais que nunca, mas estas férias só serviram para aprender a lidar melhor com ela e fizeram-me adorá-la ainda mais.
O Algarve tem poderes mágicos, em toooodos os sentidos :b
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
Luís
Conhecemo-nos à quê? Onze meses ? Não é um número que espante muita gente! Mas conta tanta coisa... Lembras-te do dia em que me conheceste ? E eu digo "me conheceste" porque tu tiveste contacto com o pior de mim, enquanto que eu nem sequer te ouvi falar.
Mas a verdade é que nós temos horas e horas de conversa, temos horas e horas de invenções e confidencialidades. Tu ajudaste-me de uma maneira que eu não achava possível! Disponibilizaste-te a entrar no meu mundo, conhecer as minhas regras, vencer os meus jogos. Travei batalhas contigo, batalhas que sem ti não teriam acontecido. Venci alguns dos meus medos, libertei muita raiva e ressentimento e tu... tu conheces muito de mim! Conheces o meu nervosismo, sabes quando me vou abaixo. E ao entrares no meu mundo, eu fiquei a conhecer-te! Deixaste de ser aquele rapaz a quem eu dei uma resposta brusca um dia, começaste por me chamar a tua criança, depois terrorista e agora és o meu apoio, és o meu cúmplice.
E as nossas conversas são verdadeiros refúgios onde eu sei que não me julgas, sei que independentemente do que te contar, tu apoias-me. São conversas onde eu choro tantooo, desenterro tanto passado, e depois fico bem! Mas tu não acreditas. Tu nunca acreditas completamente quando eu digo "Estou bem" e nunca ficas surpreendido quando eu admito que afinal não estou assim tão bem. Sabes que há sempre qualquer coisa que fica por contar...
Mas há uma coisa que tu não sabes... naquele dia, foste a segunda pessoa a quem contei, porque eu sabia que eras aquela pessoa que saberia exactamente o que me dizer, e assim foi. Não tinhas muito o que dizer, mas ligaste-me impulsivamente. Obrigada!
Por tudo isto, obrigada! Pelo apoio, pelas lágrimas que eu precisava de libertar, pelas palavras. Enfrentei muitas coisas por tua causa.
Obrigada pelas horas de voo, ainda temos muito que viajar :)
Mas a verdade é que nós temos horas e horas de conversa, temos horas e horas de invenções e confidencialidades. Tu ajudaste-me de uma maneira que eu não achava possível! Disponibilizaste-te a entrar no meu mundo, conhecer as minhas regras, vencer os meus jogos. Travei batalhas contigo, batalhas que sem ti não teriam acontecido. Venci alguns dos meus medos, libertei muita raiva e ressentimento e tu... tu conheces muito de mim! Conheces o meu nervosismo, sabes quando me vou abaixo. E ao entrares no meu mundo, eu fiquei a conhecer-te! Deixaste de ser aquele rapaz a quem eu dei uma resposta brusca um dia, começaste por me chamar a tua criança, depois terrorista e agora és o meu apoio, és o meu cúmplice.
E as nossas conversas são verdadeiros refúgios onde eu sei que não me julgas, sei que independentemente do que te contar, tu apoias-me. São conversas onde eu choro tantooo, desenterro tanto passado, e depois fico bem! Mas tu não acreditas. Tu nunca acreditas completamente quando eu digo "Estou bem" e nunca ficas surpreendido quando eu admito que afinal não estou assim tão bem. Sabes que há sempre qualquer coisa que fica por contar...
Mas há uma coisa que tu não sabes... naquele dia, foste a segunda pessoa a quem contei, porque eu sabia que eras aquela pessoa que saberia exactamente o que me dizer, e assim foi. Não tinhas muito o que dizer, mas ligaste-me impulsivamente. Obrigada!
Por tudo isto, obrigada! Pelo apoio, pelas lágrimas que eu precisava de libertar, pelas palavras. Enfrentei muitas coisas por tua causa.
Obrigada pelas horas de voo, ainda temos muito que viajar :)
sábado, 1 de agosto de 2009
Gostava de te deixar, de te gritar tudo o que penso e depois ir-me embora, segura de que estava a agir correctamente. Mas eu não consigo deixar-te, não consigo gritar contigo. Engano-te dizendo que está tudo bem, que não tem importância. Tu acreditas. Acreditas que me conheces, que conheces os meus olhares, que conheces os meus gestos. Mas não. São raras as pessoas que os conhecem, e tu não és uma delas. Acreditas que quando sorrio, é porque estou feliz. Acreditas que eu sou ingénua. E é por isso que eu digo que tu não me conheces. Não conheces a minha vida e não compreendes o meu modo de viver. Não compreendes as minhas razões, não compreendes como eu consigo amar as pessoas incondicionalmente. Não compreendes porque eu perdoo certas coisas, não compreendes porque eu não perdoo certas coisas. E eu tento explicar-te, tento explicar-te os meus pontos de vista mas tu ainda assim não compreendes, e chamas-me complicada. Consegues despertar em mim sentimentos tão opostos que por momentos eu sinto-me capaz de gritar contigo e deixar-te.
Incrível como quando o vou fazer, falta-me a coragem e a razão abandona-me. O coração fala mais alto... eu nunca conseguiria deixar-te.
Incrível como quando o vou fazer, falta-me a coragem e a razão abandona-me. O coração fala mais alto... eu nunca conseguiria deixar-te.
domingo, 19 de julho de 2009
Este ano foi sobrenatural. Foi o mais bizarro e assustador, mas ao mesmo tempo o melhor. Aconteceram as coisas mais anormais deste mundo e foi o ano em que me senti mais fraca. Fui, sem dúvida alguma, ultrapassada pelos meus sentimentos. Eles ganharam uma força tremenda, e eu, vivenciei cada momento com toda a emoção que tinha. Ainda assim, foi o melhor ano da minha vida. Foi o ano em que me senti mais sincera comigo e com os outros. Aprendi a lidar melhor com todos os comentários das pessoas! Sinto-me na verdade, uma melhor pessoa !
Comparando-me com a pessoa que fui no 5º ano, dá-me vontade de rir. Eu era tão ingénua, tão criança e até mesmo pateta. Era extremamente influenciável. E apesar disso, era tão feliz. A vida era tão simples, tão... fácil!
Agora as coisas mudaram, eu cresci, as pessoas cresceram. Já não sou tão ingénua. Mas ainda sou uma criança. Ainda me sinto uma criança, e adoro ser assim. Sou uma criança no sentido em que consigo desfrutar de cada momento o melhor possível. E sou feliz assim !
Num plano muito geral deste ano, posso dizer que foi fantástico. Conheci as melhores pessoas do mundo, afeiçoei-me a elas e criei laços mais profundos com pessoas que já conhecia. Tive os meus problemas, como todos. E não vou dizer que estou grata por eles porque me fizeram crescer, não vou agradecer uma coisa que não aceito! Mas sei que podemos retirar algumas coisas boas das maiores desgraças, mesmo que essas coisas sejam mínimas. Pelo menos, eu tento retirar.
Sempre me faz sentir grata por algumas coisas, e eu gosto de ser capaz de me sentir grata por algo.
Comparando-me com a pessoa que fui no 5º ano, dá-me vontade de rir. Eu era tão ingénua, tão criança e até mesmo pateta. Era extremamente influenciável. E apesar disso, era tão feliz. A vida era tão simples, tão... fácil!
Agora as coisas mudaram, eu cresci, as pessoas cresceram. Já não sou tão ingénua. Mas ainda sou uma criança. Ainda me sinto uma criança, e adoro ser assim. Sou uma criança no sentido em que consigo desfrutar de cada momento o melhor possível. E sou feliz assim !
Num plano muito geral deste ano, posso dizer que foi fantástico. Conheci as melhores pessoas do mundo, afeiçoei-me a elas e criei laços mais profundos com pessoas que já conhecia. Tive os meus problemas, como todos. E não vou dizer que estou grata por eles porque me fizeram crescer, não vou agradecer uma coisa que não aceito! Mas sei que podemos retirar algumas coisas boas das maiores desgraças, mesmo que essas coisas sejam mínimas. Pelo menos, eu tento retirar.
Sempre me faz sentir grata por algumas coisas, e eu gosto de ser capaz de me sentir grata por algo.
quinta-feira, 9 de julho de 2009
Momento
Por vezes, sinto-te tão perto de mim que podia jurar que tínhamos a eternidade pela frente. Consigo sentir esse teu doce perfume e se me esforçar vejo a tua alma a transparecer. Naquele momento, não há mais falsas juras, não há frases feitas, discursos forçados. Não há mais sorrisos hipócritos, olhares com maldade. Somos só nós os dois, sozinhos numa multidão, na mais verdadeira forma do ser.
Naquele momento, sinto-me uma verdadeira criança, a rir o mais verdadeiramente possível, e quase que consigo jurar que fomos feitos um para o outro. O tempo passa, mas não para nós. Nós permanecemos no mesmo sítio, alheios ao mundo, onde nos concentramos nas nossas trocas de olhar, na troca de carinhos e assistimos à libertação de palavras cuja importância, neste momento, é mínima. Exprimimo-nos pelas mais básicas formas de expressão, transmitindo sinais que nem sequer conseguimos descodificar. Não precisamos.
O tempo passa, mas nós permanecemos ali. Como duas crianças à espera de algo, mas que não sabem bem o quê. Milhares de pensamentos atacam a nossa mente, e a nossa pulsação acelera. Não há razão para tal mas não questionamos. Aquele sentimento é tão bom que a cada batida é mais um sorriso que somos forçados a exprimir.
Depois tens que ir embora, mas isso não me entristece.
Naquele momento, eu fui tua e tu foste meu...
Naquele momento, sinto-me uma verdadeira criança, a rir o mais verdadeiramente possível, e quase que consigo jurar que fomos feitos um para o outro. O tempo passa, mas não para nós. Nós permanecemos no mesmo sítio, alheios ao mundo, onde nos concentramos nas nossas trocas de olhar, na troca de carinhos e assistimos à libertação de palavras cuja importância, neste momento, é mínima. Exprimimo-nos pelas mais básicas formas de expressão, transmitindo sinais que nem sequer conseguimos descodificar. Não precisamos.
O tempo passa, mas nós permanecemos ali. Como duas crianças à espera de algo, mas que não sabem bem o quê. Milhares de pensamentos atacam a nossa mente, e a nossa pulsação acelera. Não há razão para tal mas não questionamos. Aquele sentimento é tão bom que a cada batida é mais um sorriso que somos forçados a exprimir.
Depois tens que ir embora, mas isso não me entristece.
Naquele momento, eu fui tua e tu foste meu...
domingo, 14 de junho de 2009
Ter-te
Sinto a tua falta, sabes? Sinto falta das brincadeiras, dos risos, das cócegas. Sinto a falta da tua voz, da presença, da segurança. Sinto a tua falta!
Queria ouvir-te mais uma vez, desculpar-te por tudo o que ainda não tinha conseguido, queria ver no teu olhar o orgulho, só mais uma vez. Queria estar contigo, mais uma vez, partilhar o mundo e ver-te sorrir. Depois eternizava o momento onde tudo se unia. O momento onde a tua boca de desfazia num sorriso, o orgulho tomava conta do olhar e tu estavas presente, ao meu lado. Eternizava o momento na minha mente para nunca mais o esquecer, para que cada vez que sentisse a tua falta, que morresse de saudades tuas ou que as lágrimas se apoderassem de mim, pudesse relembrar desse novo momento, e repeti-lo na minha mente como se tratasse de um momento actual.
Queria poder entrar na tua mente, pesquisar a tua alma, desvendar os meus mistérios. Compreender-te para nunca ter a tentação de duvidar de ti, de questionar as tuas acções, de deixar de te idolatrar, ou sequer voltar atrás no meu perdão. Queria-te a ti de volta. A tua voz tão activa, o teu rosto tão pacifico, o teu olhar tão sincero. Queria ver-te mais uma vez para ver a força renascer em mim, voltar a sentir-me capaz, recuperar as palavras. Queria partilhar as coisas mais banais contigo, como o facto de tu odiares filosofia e eu ser fascinada. Poder partilhar as minhas duvidas e as minhas historias. Queria ver-te assistir fielmente ao desvendar do meu futuro e a qualquer obstáculo ir buscar segurança, força e conselhos a ti.
Queria ter-te de volta, como era suposto ter. Queria saber que estavas lá, sentir-te presente. Queria não me sentir perseguida pelo vazio, não ter de aprender a vida sem ti.
Queria-te, sabes? E prometo-te que se dependesse de mim a possibilidade de voltares, tu voltavas. Prometo-te que se dependesse da força com que o desejava, da falta que me fazes ou até mesmo das lágrimas que derramo, tu já estarias aqui. Porque eu preciso de ti como só eu sei que preciso.
E eu sinto mesmo a tua falta, sinto mesmo que não é justo tu, simplesmente, não estares aqui. Mas ainda assim, eu olho para o lado, procuro por ti e continuas a não estar.
No fim de contas, a justiça não passa de uma palavra.
Queria ouvir-te mais uma vez, desculpar-te por tudo o que ainda não tinha conseguido, queria ver no teu olhar o orgulho, só mais uma vez. Queria estar contigo, mais uma vez, partilhar o mundo e ver-te sorrir. Depois eternizava o momento onde tudo se unia. O momento onde a tua boca de desfazia num sorriso, o orgulho tomava conta do olhar e tu estavas presente, ao meu lado. Eternizava o momento na minha mente para nunca mais o esquecer, para que cada vez que sentisse a tua falta, que morresse de saudades tuas ou que as lágrimas se apoderassem de mim, pudesse relembrar desse novo momento, e repeti-lo na minha mente como se tratasse de um momento actual.
Queria poder entrar na tua mente, pesquisar a tua alma, desvendar os meus mistérios. Compreender-te para nunca ter a tentação de duvidar de ti, de questionar as tuas acções, de deixar de te idolatrar, ou sequer voltar atrás no meu perdão. Queria-te a ti de volta. A tua voz tão activa, o teu rosto tão pacifico, o teu olhar tão sincero. Queria ver-te mais uma vez para ver a força renascer em mim, voltar a sentir-me capaz, recuperar as palavras. Queria partilhar as coisas mais banais contigo, como o facto de tu odiares filosofia e eu ser fascinada. Poder partilhar as minhas duvidas e as minhas historias. Queria ver-te assistir fielmente ao desvendar do meu futuro e a qualquer obstáculo ir buscar segurança, força e conselhos a ti.
Queria ter-te de volta, como era suposto ter. Queria saber que estavas lá, sentir-te presente. Queria não me sentir perseguida pelo vazio, não ter de aprender a vida sem ti.
Queria-te, sabes? E prometo-te que se dependesse de mim a possibilidade de voltares, tu voltavas. Prometo-te que se dependesse da força com que o desejava, da falta que me fazes ou até mesmo das lágrimas que derramo, tu já estarias aqui. Porque eu preciso de ti como só eu sei que preciso.
E eu sinto mesmo a tua falta, sinto mesmo que não é justo tu, simplesmente, não estares aqui. Mas ainda assim, eu olho para o lado, procuro por ti e continuas a não estar.
No fim de contas, a justiça não passa de uma palavra.
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