Sinto a tua falta, sabes? Sinto falta das brincadeiras, dos risos, das cócegas. Sinto a falta da tua voz, da presença, da segurança. Sinto a tua falta!
Queria ouvir-te mais uma vez, desculpar-te por tudo o que ainda não tinha conseguido, queria ver no teu olhar o orgulho, só mais uma vez. Queria estar contigo, mais uma vez, partilhar o mundo e ver-te sorrir. Depois eternizava o momento onde tudo se unia. O momento onde a tua boca de desfazia num sorriso, o orgulho tomava conta do olhar e tu estavas presente, ao meu lado. Eternizava o momento na minha mente para nunca mais o esquecer, para que cada vez que sentisse a tua falta, que morresse de saudades tuas ou que as lágrimas se apoderassem de mim, pudesse relembrar desse novo momento, e repeti-lo na minha mente como se tratasse de um momento actual.
Queria poder entrar na tua mente, pesquisar a tua alma, desvendar os meus mistérios. Compreender-te para nunca ter a tentação de duvidar de ti, de questionar as tuas acções, de deixar de te idolatrar, ou sequer voltar atrás no meu perdão. Queria-te a ti de volta. A tua voz tão activa, o teu rosto tão pacifico, o teu olhar tão sincero. Queria ver-te mais uma vez para ver a força renascer em mim, voltar a sentir-me capaz, recuperar as palavras. Queria partilhar as coisas mais banais contigo, como o facto de tu odiares filosofia e eu ser fascinada. Poder partilhar as minhas duvidas e as minhas historias. Queria ver-te assistir fielmente ao desvendar do meu futuro e a qualquer obstáculo ir buscar segurança, força e conselhos a ti.
Queria ter-te de volta, como era suposto ter. Queria saber que estavas lá, sentir-te presente. Queria não me sentir perseguida pelo vazio, não ter de aprender a vida sem ti.
Queria-te, sabes? E prometo-te que se dependesse de mim a possibilidade de voltares, tu voltavas. Prometo-te que se dependesse da força com que o desejava, da falta que me fazes ou até mesmo das lágrimas que derramo, tu já estarias aqui. Porque eu preciso de ti como só eu sei que preciso.
E eu sinto mesmo a tua falta, sinto mesmo que não é justo tu, simplesmente, não estares aqui. Mas ainda assim, eu olho para o lado, procuro por ti e continuas a não estar.
No fim de contas, a justiça não passa de uma palavra.
domingo, 14 de junho de 2009
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Melhor texto lauda,
ResponderEliminarSim, ja todos nos constatamos que a justiça de tudo nao passa de uma palavra.